sexta-feira, 10 de agosto de 2012

BRICOLAGEM


                               BRICOLAGEM:

O conceito surgiu nos Estados Unidos, na década de 1950 em decorrência do encarecimento da mão de obra e se desenvolveu com a grande visão dos empresários em perceber este nicho, criando produtos fáceis de serem usados, utilizando embalagens com pouca quantidade e todos com manuais explicativos.
Em seu livro 'O Pensamento Selvagem' (1962, tradução para o português em 1976), o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss usou o termo bricolagem para descrever uma ação espontânea, além de estender o termo para incluir padrões característicos do pensamento mitológico, o qual não obedece ao rigor do pensamento científico. A razão é que, já que o pensamento mitológico é gerado pela imaginação humana, é baseado na experiência pessoal, sendo gerado pelo surgimento de coisas pre-existentes na mente do imaginador. Desse modo, a mitologia descreve o mundo através de narrativas. Num mundo onde há poucas ferramentas linguísticas, se faz necessária a utilização de metáforas e narrativas. Na falta de uma palavra para o "ato sexual", por exemplo, os gregos antigos precisaram lançar mão de toda uma história fantástica para enfim poder dizer "coisas de afrodite".
a colagem de temas como arte, moda e cultura de maneira divertida e espontânea. A ideia desse movimento é de combinar diferente materiais, que mude o jeito de pensar e agir das pessoas. Esse conceito criativo promete uma nova linguagem visual, com tecidos tecnológicos e estampas.
Para Lévi-Strauss, bricolagem é utilizar na criação de objetos desejados “resíduos e fragmentos de acontecimentos... testemunhos fósseis da história de um indivíduo ou de uma sociedade”.
Bricoleur seria aquele que executa operação que consiste em remendar coisas ou fazer objetos com pedaços de outros objetos, que opera com materiais fragmentados já elaborados... arranjando-se sempre com o que recolhe na intenção de que “isto sempre pode servirura”. Apto a executar grande número de tarefas diferentes, sem planos pré-estabelecidos, usa de meios e expedientes que “se afastam dos processos e normas adotados pela técnica”. (LÉVI-SRAUSS, 1976:37), em oposição ao engenheiro que segue um projeto racional já elaborado. Por sua liberdade ao criar, o bricoleur consegue sempre “resultados brilhantes e imprevistos”. (LEVI-STRAUSS, 1976:38).
Sua fantasia o leva a procurar novos significados nos elementos que são incorporados ao conjunto. Uma lâmpada queimada passa a ser o recipiente para o querosene de uma lamparina ou pode tornar-se o miolo de uma flor. Como muito bem define Lévi-Strauss, “a poesia do bricoleur lhe vem de que não se limita a cumprir ou executar: fala, não somente com as coisas, como também por meio delas, contando pela escolhas que faz entre possibilidades limitadas, o caráter e a vida de seu autor. Sem jamais completar seu projeto, o bricoleur põe-lhe sempre algo de si mesmo”. (LÉVI-STRAUSS, 1976:42).
Em antropologia bricolagem é a união de vários elementos para formação de um único e individualizado. Um exemplo são as culturas do novo mundo: a bricolagem de várias culturas (norte-americana, européia, asiática...) para a formação de uma própria e identitária.holográficas.

  ESTILO E ESSENCIA Estilo pode incluir moda, design, formato, ou aparência, incluindo por exemplo: Estilos reais e nobres Em botâ...